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A TEMPESTADE
Uma leitura do filme de Julie Taymor

Luiz-Olyntho Telles da Silva
Setembro de 2015

Porque semeiam vento, colherão tempestade.
(Oséias, 8:7.)




Nós somos esta matéria de que são feitos os sonhos, ensina Próspera ao seu sonhado genro, Ferdinando (IV, i, 170-1), em meio aos seus sombrios devaneios sobre a finitude. A vida, como um sonho, tem um fim. Tudo se dissolve no ar, mesmo as torres e os palácios, os templos e até o Globo. Vale dizer, o teatro, pois não podemos esquecer que foi no Teatro Globo que se representaram as grandes peças de Shakespeare. É o adeus do bardo.

O poeta W.H.Auden disse que, com A Tempestade, Shakespeare fez um mito. Sem contradizê-lo, direi desta obra, encenada pela primeira vez em novembro de 1611, na noite de Todos os Santos, um sonho. Abre com um castelo de areia construído na palma da mão de Felicity Jones, no papel de Miranda. Perfeito em seus detalhes, o pequeno castelo logo se desfaz. Em inglês, a estas pequenas construções, feitas em geral para adornar parques e jardins, dizem-se follies, no singular, folly, a mesma palavra empregada por Trínculo, o bufão, para referir-se a Caliban, o monstro inacabado que, na tradução, aparece como a loucura da ilha (III, ii, 3). Estou aproximando essas cenas distantes do filme porque, se estamos em um sonho, o tempo é sincrônico, servindo a diacronia apenas a uma necessidade discursiva, e os diversos personagens são desdobramentos daquele que sonha. É como se, naquele castelo, Miranda imaginasse a vida na corte; porém, como se viu, disso ela nada sabe. O sonho é de Próspera!

A tempestade, assim como os sonhos, tem seus antecedentes. A Psicanálise os chama de restos diurnos, e, para a peça, podemos usar as palavras de Antônio, o usurpador: - o que é passado é prólogo (II, i, 253). E, como prólogo ao naufrágio provocado pela tempestade, podemos alinhar tanto a preocupação de Próspera, desde que se viu na carcaça podre de um barco sem vela e sem mastro (I, ii), à deriva, no mar, como também o perdido ducado, soçobrado nas sobrossas águas de seu pérfido irmão, uma perda aguçada pela presença da filha, agora com quinze anos e que, exilados como estão naquela ilha deserta, já não conhecerá palácio nenhum, nem corte nenhuma. Mas também podemos alinhar como preâmbulo, a notícia de outro naufrágio, ocorrido pouco mais de um ano antes da primeira apresentação da peça. Em setembro de 1610 chegara à Inglaterra a notícia de que a tripulação do Sea-Adventure, naufragado nas então desconhecidas Bermudas, ao mesmo tempo em que encantada com a exuberância da natureza, também havia ficado aterrada com ruídos misteriosos, que hoje se supõe tenham sido resultado de algum abalo sísmico1 - embasa esse argumento, na peça, a lembrança de Ariel: Próspera chamara-o, à meia-noite, para buscar orvalho das Bermudas (I, ii, 266); e podemos incluir também a forte tempestade que, uns poucos anos antes de Jaime VI, da Escócia, ser elevado ao trono da Inglaterra, como Jaime I, castigou o navio em que viajava e que, segundo se acreditou, fora enviada pela feiticeira Agnes Sampson. Por esse motivo, ela foi estrangulada e queimada, conforme ao costume da região, tendo o episódio servido de motivação para Jaime I escrever o tratado Daemonologia aprovando a caça às bruxas. Afinal, desde o Século VIII, o Arcebispo de Canterbury admitia que provocar tempestades era um dos poderes dos bruxos.

No filme, a diretora, Julie Taymor, faz de Próspero Próspera. Por quê? Posso pensar que quisesse aproveitar o talento de Helen Mirren; há pouco, em 2007, ela havia ganhado o Oscar por sua atuação em The Queen. Verdade que, assim fazendo, ela dobra o escasso número de personagens femininos na peça, ao mesmo tempo em que diminui o peso dos ombros de Miranda e reduz a presença dos personagens masculinos, aproveitando ainda para discorrer sobre o poder feminino por meio dos sucessivos penteados de Próspera. Podemos considerar, igualmente, a preocupação da época da narrativa, muito maior com as bruxas do que com os bruxos. Em todo o caso, já não se trata do Duque de Milão, mas de sua viúva, a Duquesa, desterrada por obra de seu pérfido irmão que, em conluio com o Rei de Nápoles, Alonso, acusou-a de bruxa, praticante da magia negra e de ser o próprio demônio. Essa é a genealogia que Próspera conta à filha, pouco antes de encontrar Caliban2 e descrevê-lo como um escravo-monstro fecundado nas entranhas da bruxa Sicorax pelo próprio demônio. Ela, que fora acusada de ser o próprio demo, ao acusar o diabo de ser o pai de seu escravo, acusa-se a si mesma. As relações são todas muito próximas. Logo de sua chegada à ilha, Próspera havia adotado o órfão Caliban como filho, tratando-o com doçura, até ele tentar violentar Miranda. Sim, Miranda, sua mestra das primeiras palavras que o fez aprender apenas a praguejar, como se, de algum modo, o ensino lhe tivesse deturpado. Um século depois, Jonathan Swift, inspirado nele, criará o yhaoo, escravo ignorante, tratado como cachorro pelos Houyhnhnms, que, para se comunicar, nitrem; e Rousseau dirá: - O homem é bom, a sociedade o corrompe! 3
 
Para Harold Bloom, que considera a peça um romance, o tema é incitado pelo Fausto, de Christopher Marlowe, escrita, por sua vez, a partir de uma recolha alemã, anônima, de contos sobre a prática dos magos.4 Embora sua hipótese não seja descabida, acredito firmemente que a grande inspiração da peça venha de outra fonte. Mencioná-la-ei em seguida. Mas o nome da personagem, esse certamente vem dessa obra anônima, de 1587, que, na época, era bem recente. Próspero, ou Próspera, é a tradução italiana de Faustus, o favorecido, e também o pseudônimo adotado por Simão Mago. Lembram que Simão queria comprar dos apóstolos o poder de fazer milagres.

É na ilha - lugar do sonho -, que a magia de Próspera se torna pujante. O domínio das forças da natureza, expressão de sua onipotência, dá-se por meio de Ariel,5 um espírito do Ar, da Água e do Fogo; junto com a Terra, representada por Caliban, formam os quatro elementos de Empédocles. É esse espírito, em si mesmo uma condensação, que cria a ilusão do naufrágio, provocado pela borrasca. A ilusão é tão grande e perfeita, capaz de enganar até Miranda que, como se estivesse sob o efeito do naturalismo de apogeu, criado por Paolo Ucello, parecia ver, apesar da distância, por ilusão de ótica, as nobres criaturas em seu tamanho natural, levando-a a pedir a mãe para interromper o feitiço e acalmar as águas. Próspera, porém, garante-lhe, mesmo antes de Ariel lhe informar os resultados, que nem um fio de cabelo deles tinha sido afetado.

Passado o temporal, onde se viu que, mudadas as condições, se mudam as hierarquias, os passageiros vão aparecendo em bandos, dispersos pela praia: o solitário príncipe Ferdinando; depois, um grupo de quatro, composto pelo Rei de Nápoles, Alonso,6 mais seu irmão, Sebastião,7 o irmão de Próspera, usurpador do ducado de Milão, Antônio,8 e Gonçalo, conselheiro do Rei de Nápoles;9 por último, a dupla histriônica formada pelo bufão, Trínculo, e o despenseiro bêbado, Estéfano. Cada grupo pensa que os outros morreram! E o conjunto, uma metonímia da corte napolitana.

Como a preocupação onírica de Próspera é o casamento de sua filha, o primeiro náufrago a aparecer em cena é Ferdinando.10 Está triste pela perda do pai, cuja morte é certa. Não há sinais de dúvida. Quando ele se move, não é para procurar por outros sobreviventes e, sim, impelido pela música de Ariel, metamorfoseado em ninfa, que, orquestrado por Próspera, leva-o até Miranda, e o amor acontece, à primeira vista. O quarteto real também está ocupado com o tema do casamento: vestem ainda as roupas festivas com as quais compareceram ao matrimônio de Claribel, a formosa filha de Alonso com o Rei de Túnis. Gonçalo, vendo Alonso desolado porque, morando tão longe, nunca mais verá a filha, tenta alegrá-lo, dizendo-lhe que, quem hospeda todos os pesares, o que ganha é... um dólar, contraponteia Sebastião, quando Gonçalo ia dizer uma dor. Shakespeare joga com a homofonia entre dollar, na época uma moeda de prata da Bohemia,
11 e dolour, a dor. Aliás, é aqui, em meio a este ar de comédia, marcado também por diálogos, como o de Gonçalo que, ao referir-se às roupas em melhor estado do que antes, como algo da maior raridade, na verdade quase inacreditável (II, i), tem, no texto original, o truísmo denunciado jocosamente por Sebastião: - [Ora!] Assim deve ser uma raridade autêntica (II, i). É aqui, repito, que aparece, a meu ver, uma das principais fontes de inspiração para A Tempestade: no filme, a cena é breve, restrita apenas ao nome da cidade em que se deu o casamento: Túnis. Na peça, para dizer da beleza de Claribel, Gonçalo a compara ainda à viúva Dido. E Sebastião, outra vez, para ridicularizá-lo, diz que só falta a menção do viúvo Enéias. E é verdade! Na Eneida, de Virgílio, o livro quarto trata justamente do encontro amoroso de Dido e Enéias: a rainha Dido, fascinada com o relato das aventuras de Enéias, prepara um encontro amoroso, tal como o preparado pela viúva Próspera, de Miranda com Ferdinando; e depois, quando se vislumbra o casamento, em ambas as histórias aparece Juno para as devidas bênçãos (IV, i), no caso de Dido, armando uma tempestade para que os dois sejam obrigados a se abrigarem em uma gruta, a sós.

É nessa mesma cena que Gonçalo esboça sua utopia de governo para a ilha: uma nação sem soberanos! Sem dúvida, uma crítica ao status quo. Sua valorização da natureza parece também uma extensão das pretensões de Próspera, cuja prática denota uma ambição de controle, ainda que por outros meios. O plano de Gonçalo nos leva desde o ensaio de Montaigne, Os Canibais, até os projetos de volta à natureza, tanto de Rousseau, como de Thoreau, e, quando Gonçalo proclama o ócio para todos, já não podemos deixar de lembrar o projeto Pindorama, de Oswald de Andrade.

A reunião de Caliban com Trínculo e Estéfano é, a um só tempo, uma repetição da revolta planejada por Antônio e Sebastião para matar o Rei e seu Conselheiro, ambos tão confiantes como o fora Próspera com Antônio - revolta agora atuada por Caliban e Estéfano para matar Próspera e apossar-se da ilha; é ainda o encontro do estrangeiro frágil e covarde, o Bufão Trínculo,12 que precisa e usa a força anônima e ingênua do aborígene Caliban; e, também, o encontro do ilhéu imaginariamente inferior com o estrangeiro supostamente superior. Caliban, mais que rei, quer Estéfano como seu Deus! Verdade que a primeira parte do nome do despenseiro real tem uma relação anagramática com a primeira parte do nome do Deus de Sicorax, Sétebos, um deus, diga-se de passagem, adorado pelos índios da Patagônia, canibais, se acreditamos nas desventuras de Arthur Gordon Pym, de Poe. Caliban, afinal, é um anagrama perfeito de canibal. Está bem, como muitos já discutiram, pode se tratar de uma aproximação do Mediterrâneo com o Atlântico, do Velho ao Novo Mundo, mas, nesta leitura, queria chamar a atenção para entrada em cena de Estéfano,13 cantando uma canção de marinheiros, estes que têm um amor em cada porto (e aqui são todos marinheiros): trata-se da continuação da preocupação de Próspera com o casamento da filha. Não é assim que ela quer; um amor volúvel, não! Por isso o castigo de Ferdinando: é um modo de ele provar seu amor por Miranda, o bem maior de Próspera, cuja virgindade é seu valor de troca (III, i, 63), para reconquistar o ducado de Milão.

Se ainda tivermos dúvidas sobre a forma onírica da película, o encontro do quarteto real com a comida dissipá-las-á. Em meio à caminhada (para o encontro com Próspera?), surge uma mesa com as melhores iguarias. Na peça original, a mesa é servida por estranhas figuras dançantes, mas aqui ela já está posta. Quando eles vão comer, contudo, aparece Ariel, agora travestido em harpia e, com seu adejar, faz desaparecer todas as comidas. Nos sonhos é bem assim que acontece: quando estamos com fome, alucinamos os alimentos, mas, ao mordê-los, logo se desfazem! A harpia, esse pássaro monstruoso, com cabeça de mulher, conforme Virgílio (Eneida, III), é nascida no rio Estige, o mítico caudal que leva ao inferno e separa os vivos dos mortos. É a precipitação do fim! Enquanto Ariel faz seu discurso de inculpação, relembrando aos três o crime cometido contra Próspera, Alonso, escuta-o como vindo das ondas e dos ventos, e também de um trovão – um recurso empregado por James Joyce, a cada tanto, em seu Finnegans Wake. É isto: de um lado, não se podem desprezar as forças da natureza e, de outro, a cultura exige que os três acordem de seu crime e se arrependam. Alonso cai em si, mas Sebastião e Antônio continuam esgrimindo contra o vento, como se, ao contrário do seu Rei, não tivessem entendido nada!

Mas enquanto as negras asas apavoram a uns, a outros fazem voar a imaginação. E Próspera faz surgir, ante os olhos maravilhados dos jovens nubentes, o espetáculo celeste, onde sobressaem as figuras do zodíaco. É, na interpretação de Julie Taymor, um mapa astral armando bons presságios para o casal. No texto de Shakespeare, esse espetáculo, uma das vaidades (IV, i, 44) da arte de Próspera, dá-se pela entrada em cena dos deuses: Íris, a mensageira entre o céu e a terra, convida Ceres a vir brincar com Juno e celebrar um contrato de amor verdadeiro (IV, i, 91). Tudo vai muito bem, Juno e Ceres, do alto da carruagem alada por pavões, entoam um canto votivo de fartura e festa quando, de repente, como no filme, Próspera retorna à cena com a preocupação do complô, armado por Caliban e Estéfano, para roubar-lhe a ilha e a vida, terminando abruptamente com sua pantomima. Ainda que no filme não apareça, aliás, nem no texto o Bardo deixe claro, merece menção a identificação de Próspera com Ceres, pois a filha desta, Prosérpina, fora raptada por Plutão, tudo o que Próspera teme acontecer com sua Miranda. E, como que para exorcizar esse temor, os mastins, cães de fogo, são atiçados sobre os ladrões conspiradores. A fantasia não surpreende porque os mastins são da mesma raça de Cérbero, o cão de três cabeças que guarda o Hades.

Na cena seguinte, o encontro de Próspera com o quarteto real, no círculo mágico. Antes, contudo, Próspera se despede dos elfos, dos duendes e dos demais espíritos da natureza que a ajudaram a efetuar sua Arte, e abjura de sua rough magic, de sua magia escabrosa (V, i, 55), prometendo, assim que terminar tudo, quebrar a vara mágica e afogar o livro com seus segredos. E quando a bruxaria se dissipa, Próspera - agora sem o manto mágico -, visível aos incrédulos nobres, perdoa a todos, principalmente ao compungido Alonso, porque aos outros dois, Sebastião e Antônio, ainda não completamente arrependidos, ela deixa claro que seu poder sobre eles manter-se-á pelo segredo de suas assassinas intenções. De todos garante a retomada de seu direito ao Ducado de Milão, ao mesmo tempo em que enternece o coração de Alonso para o casamento de seus filhos e, quando esse encontra Ferdinando, vivo e apaixonado, tomado de alegria, aprova as núpcias, enquanto Miranda, com uma figura de rainha coroada estampada no peito, extasiada com os homens que acaba de conhecer, profere a famosa frase: - Admirável mundo novo! (V, i, 206) Elocução que servirá de título ao romance de Aldous Huxley, publicado em 1932, no qual os homens, para serem admiráveis, precisavam ter seus componentes quimicamente controlados, e não mais produzidos ao sabor da natureza.

Depois, as coisas começam a voltar aos seus lugares. As roupas são devolvidas, Caliban se arrepende de haver trocado de mestre e todos vão descansar para a viagem do outro dia. Enquanto isso, Próspera, reconciliando-se consigo mesma, conforme à sua própria promessa, quebra a vara e afoga o livro.

Junto aos créditos do filme, depois do final clássico (V, i, 235-42), o Epílogo, agora transformado em canção, sempre no mesmo ritmo lento das canções de Ariel e na mesma voz. É a despedida de Próspera. Sem sua mágica, desfeito o encanto e tendo a todos perdoado, espera agora, com a ajuda das preces dos espectadores, obter indulgência e, como Ariel, ser libertada.

Como ela predissera, terminado o sonho, todos os espíritos se dissolveram em pleno... abstrato.

Bom dia!

NOTAS:
  1.  João Grave. Prólogo para A Tempestade, de Shakespeare. Porto, Lello & Irmão, s/data.
  2.  Representado por Djimou Hounsou, ator beninense, e o primeiro africano a ser indicado ao Oscar.
  3.  Recentemente, em 1997, com a ajuda do telescópio Hale, Brett J. Gladman, junto com outros astrofísicos, batizaram os satélites irregulares de Urano, por eles descobertos, em sua homenagem, com os nomes de Caliban (Urano XVII) e Sicorax (Urano XVI).
  4.  História Von Dr. Johann Faustus (1587).   
  5.  Representado por Bem Whishaw, jovem e experiente ator britânico que, anteriormente, protagonizara o filme Perfume, a história de um assassino, e que desde o último filme da série 007, Operação Skyfall, tem representado o personagem Q.
  6.  Representado por David Strathairn, experiente ator americano que também fez O legado Bourne.
  7.  Representado pelo britânico Alan Cumming.
  8.  Representado pelo americano Chris Cooper.
  9.  Representado pelo britânico Tom Conti.
10.  Representado pelo americano Reeve Carney.
11. Conhecida originalmente como Joachimsthal ou Joachimsthaler, vale do Joaquim, em inglês se dizia Joachim’s dale e, daí, a dólar.
12. Representado pelo excêntrico ator inglês, Russel Brand.
13. Representado pelo experiente ator britânico, Alfred Molina.

Ato I
Cena I
Capitão, Contramestre – Marinheiro/7s – Alonso, Sebastião, Antônio, Ferdinando, Gonçalo e outros/7
Cena II
Próspero, Miranda/11 – Ariel/19 – Caliban/26 – Ferdinando, Ariel/28
Ato II
Cena I
Alonso, Sebstião, Antônio, Gonçalo, Adriano, Francisco e outros/36 – Ariel/51
Cena II
Caliban/53 – Trínculo/54 –Estéfano/55
Ato III
Cena I
Ferdinando/63 – Miraqnda, Próspero/63
Cena II
Caliban, Estéfano, Trínculo/68 – Ariel/70
Cena III
Alonso Sebastião, Antônio Gonçalo, Adriano, Francisco e Outros/75  - Próspero, banquete/76 – Ariel (Harpia)/78
Ato IV
Cena I
Próspero, Ferdinando, Miranda/82 – Iris/85 – Juno/85 – Ariel(Ceres)/86 – Caliban, Estéfano, Trínculo/93
Ato V
Cena I
Próspero, Ariel/97 – Alonso, Gonçalo, Sebastião, Antônio, Adriano, Francisco (círculo)/100 – Caliban, Estéfano, Trínculo/110
Epílogo    
Próspero/114.


•     DIREÇÃO  
-    Julie Taymor
•     ELENCO
•     Helen Mirren    -         Prospera
•     Felicity Jones    -         Miranda
•     Reeve Carney    -        Ferdinand
•     Alfred Molina    -         Stephano
•     Djimon Hounsou    -    Caliban
•     Russell Brand    -         Trinculo
•     Chris Cooper    -         Antonio
•     David Strathairn    -     Alonso
•     Alan Cumming    -       Sebastian    
•     Tom Conti    -             Gonzalo    
•     Ben Whishaw    -        Ariel  














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